Essa atividade artística de confeccionar a tartaruga possibilita ao aluno vivenciar a ludicidade, trabalhar com cores e texturas; favorece o desenvolvimento de habilidades motoras, de percepção, de expressividade, da criatividade e muitas outras possibilidades.
Além disso, é uma prática que pode contribuir com a sensibilização e o envolvimento dos alunos para conteúdos relacionados com a Geografia, as Ciências e a Educação Ambiental. Nesse post irei expor algumas ideias sobre essa possibilidade.
Dialogando com as áreas do conhecimento
Após a confecção da tartaruga na aula de Arte, em Ciências o professor pode instigar a criança a pesquisar sobre as tartarugas existentes no Brasil: sua classificação, espécies, características gerais, os diferentes habitats etc. A partir da pesquisa, fazer uma roda de conversa, criar um mural ou carteirinha da tartaruga com suas informações gerais e/ou outras atividades em que o aluno faça o registro e a síntese desse conhecimento.
Mas é preciso ir pouco mais além...
Você sabia que algumas espécies de tartarugas estão ameaçadas de extinção?
Nas aulas de Geografia, o professor pode trabalhar com mapas temáticos. No site do IBGE, está disponibilizado o mapa Fauna Ameaçada de Extinção: mamíferos, répteis e anfíbios. Embora ele não seja adequado para trabalhar com crianças, pois sua legenda é um pouco complexa, é um ótimo referencial para o professor, que pode adquirir as informações e confeccionar mapas junto com os alunos, indicando os estados brasileiros, as espécies de tartarugas que estão ameaçadas de extinção e também a localização de projetos de preservação como o TAMAR.
Nessa atividade, pode-se trabalhar a legenda e outros elementos essenciais de um mapa. A complexidade do tema tratado vai depender da idade das crianças e do conhecimento que elas já possuem.
Além disso, é importante instigar os alunos ou despertar a curiosidade no intuito de saber os motivos pelos quais esses animais estão em risco, faze-los refletir sobre os impactos da ação do homem na natureza.
O risco de extinção de uma espécie pode ser causado por diversos fatores, que devem ser debatidos com os alunos. Entre eles, está a poluição de rios e mares.
Esticando a conversa ....
Aqui vou indicar a leitura de dois artigos para aprofundamento teórico e reflexão do professor.
É um texto interessante para aprofundamento teórico a respeito da poluição dos mares e suas consequências.
Vale a pena também ver o vídeo CONTINENTE DE PLÁSTICO. Ressalto que esse material não é adequado para o trabalho com crianças e sim para o conhecimento do professor.
Segue também a indicação de outro artigo que me causou certa inquietação.
A PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE ALUNOS E PROFESSORES NA PRESERVAÇÃO DAS TARTARUGAS MARINHAS. Ao ler esse texto, fiquei com a seguinte questão martelando em minha cabeça:
Em que medida, nós professores, realmente conhecemos o nosso espaço de vivência ou o entorno da escola para podermos trabalhá-lo de forma crítica?
Outro aspecto relevante do texto é o trabalho com mapas mentais e a sua interpretação como ponto de partida para pensar o planejamento das aulas ou até mesmo projetos na escola.
Colocando a mão na massa ....
A linda tartaruguinha desse post foi compartilhada do blog americano Pink Stripey Socks, mas por meio das imagens disponibilizadas é possível confeccioná-la.
Fonte: Pink Stripey Socks
Essa tartaruga foi feita com mini palitos de sorvete, não encontrei na minha cidade e não aconselho a fazer com o palito no tamanho normal, fica muito estranho. A solução para esse impasse foi cortar o palito em torno de 6 ou 7 cm, também é possível fazer o corpo da tartaruga com o papel Paraná ou papelão ou outro papel com gramatura acima de 300 gr.
Fiz com palito mesmo, comprei com bordas arredondadas e na extremidade que cortei dei uma lixadinha para dar um acabamento melhor. Embora existam palitos na cor verde, sugiro que utilize-o na cor de madeira, possibilitando ao aluno escolher a cor do corpo da tartaruga.
Após a pintura do corpo da tartaruga com tinta guache, recomendo que o professor cole os palitos já pintados dando o formato do corpo. Isso facilita muito a trabalho da criança na hora de confeccionar o casco. Ao inciar a primeira parte da trama, conforme imagem acima, deixe um pedaço de lã sobrando para que se possa amarrar.
Para aprender a fazer a outra parte do casco acesse o site Pink Stripey Socks e veja outras imagens.
É muito importante realizar a atividade antes passar para as crianças, dessa forma podemos saber o nível de dificuldade e fazer as adaptações necessárias. Em caso de dúvidas, entre em contato com a gente, faça uma postagem ou acesse o nosso e-mail na Caixa de Correios.
O sucesso de um trabalho interdisciplinar começa com um bom planejamento das aulas.
Créditos das imagens: Pink Stripey Socks
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