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A rua da escola nas aulas de geografia


Uma prosa sobre a aula

Essa prática voltada ao ensino da geografia, fez parte de um conjunto de aulas em que se teve por objetivos: reconhecer a importância da rua para o funcionamento da cidade; perceber as mudanças ocorridas nas ruas e conhecer como funciona as regras de circulação pelas ruas da cidade.

No último encontro, os alunos do segundo ano, tiveram como uma das atividades observar as duas ruas do entorno da escola e fazer a representação desse espaço. A aula de campo foi orientada pelas professoras que instigavam olhar atento das crianças por meio de questionamentos que os levou a perceber as inúmeras informações contidas na rua em frente a escola. O interessante nessa atividade foi analisar as diferentes percepções do ambiente observado e o que foi selecionado para ser representado. Embora todos tenham apreciado a mesma paisagem, cada aluno escolheu um recorte diferente.

Os “desenhos do espaço são reveladores das aquisições das crianças quanto a representação espacial. Como sistema de representação, esses desenhos podem ser instrumento valioso para professores que saibam interpretá-los” (ALMEIDA, 2016, p.111).

Observar e representar a rua da escola, permite explorar e analisar a ação do homem na sociedade, as permanências e as mudanças ocorridas, as regras de circulação, os problemas existentes, a forma como as pessoas utilizam esse espaço, os tipos de construções e suas finalidade entre outros. São tantos os conteúdos contidos em uma simples observação da rua que é possível construir um projeto para um bimestre ou mais aulas.

É importante que o professor busque entender sobre o desenho infantil, a criança vai aos poucos ganhando domínio da representação espacial. É bastante comum entre 6 a 9 anos os exageros, a falta de proporção, a transparência, o rebatimento e até mesmo a inclusão de elementos do imaginário. Como exemplo: no desenho do Francisco tem um jacaré.

A atividade de campo sobre a rua pode ser direcionada a qualquer ano da Educação Básica, o que vai diferenciar são os objetivos do professor e a complexidade do assunto abordado. No próximo post, vou disponibilizar um livro em que os alunos do Ensino Médio elaboram mapas mentais sobre a rua e o autor discute as possibilidades de trabalho do professor tendo como ponto de partida esses desenhos.

Essa atividade, do post de hoje, foi aplicada pelas professoras: Magda Lopes Cavalcanti e Sílvia Adrieli Costa, no segundo ano do Ensino Fundamental, do Colégio de Aplicação.

Esticando a conversa

Segue abaixo a dica de um livro que aborda sobre a relação dos desenhos com a construção de mapas.

ALMEIDA, Rosângela Doin de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escola. 5 ed. São Paulo: Contexto, 2016.

Crédito das imagens: acervo próprio das autoras

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