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Identificando o lugar e a localização das coisas: noções espaciais elementares


A aula que vamos apresentar nesse post é uma continuação da publicação anterior sobre o livro O lugar das Coisas, de Silvana Tavano. As atividades que serão apresentadas a seguir foram realizadas no 1o. ano do ensino fundamental de uma escola municipal.

Uma prosa sobre a aula

O primeiro momento da aula, as professoras acomodaram os alunos sentados em fileiras e iniciaram alguns questionamentos para que identificassem quem ou o quê (objeto) estava a sua frente, atrás, ao lado direito, ao lado esquerdo etc. As crianças participaram bastante e, por meio dessa atividade simples, foi possível perceber as dificuldades das crianças, mais evidentes ao se tratar de identificar o lado direito e esquerdo.

Os alunos voltaram ao grupo de origem. Cabe ressaltar que a professora regente trabalha com grupos áulicos durante todo o ano letivo. Tal perspectiva de trabalho em grupo tem se revelado bastante proveitosa no sentido de diminuir a indisciplina, aumentar a socialização e, principalmente, otimizar a aprendizagem.

Dando continuidade a aula, as professoras fizeram a contação de história do livro O lugar das Coisas, que foi feito de forma dinâmica. Os alunos participavam tentando adivinhar as rimas contidas nas estrofes do livro, o que tornou esse momento bastante divertido e descontraído. Na sequência, conversaram com as crianças a respeito do conteúdo da história e da sua relação com o cotidiano.

Logo em seguida, eles teriam que identificar o seu posicionamento e dos demais colegas. Isto é, quem estava à sua frente, ao lado direito, ao lado esquerdo e atrás. Uma sugestão é imprimir a atividade abaixo:




Desenhe ou escreva frente atras direita e esquerda
.docx
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Outra opção é pedir para que as crianças façam o desenho e escrevam a localização dos colegas e objetos que estão ao seu redor. É impossível não se encantar com a criatividade, as tentativas de escrita e a forma como organizaram suas ideias no papel. Com esse trabalho é possível perceber tanto a facilidade de alguns alunos em representar por meio do desenho o espaço da sala de aula quanto a dificuldade de outros. A análise desse material possibilita ao professor repensar o seu planejamento adequando-o as necessidades de aprendizagem dos alunos.

Esse aluno dividiu a folha em quatro partes, escreveu e desenhou os amigos que estavam ao seu lado, mas não desenhou o mobiliário da sala de aula.

Fonte: arquivo próprio das autoras.

Nesse desenho, a aluna escreveu a localização, representou os colegas e objetos e indicou a orientação por meio de setas.

Fonte: arquivo próprio das autoras.

Aqui, a aluna se preocupou em escrever a localização, desenhar os colegas e inclui o mobiliário da sala de aula: as carteiras e as cadeiras.

Fonte: arquivo próprio das autoras.

Todos os desenhos acima demonstram bastante clareza em relação a localização e também revelam boa ocupação do espaço da folha de sulfite. Já o desenho ao lado, apresenta as ideias de forma confusa, ocupa apenas o centro da folha. Entretanto, o aluno faz a tentativa de compor uma cena em que estão presentes a professora, dois alunos, a mesa e o armário da sala de aula, o que é bastante difícil de ser realizado por uma criança de 6 anos. Nesses casos, é importante que o professor faça questionamentos tentando descobrir se a dificuldade está na representação de algo tridimensional para bidimensional ou se o obstáculo está em identificar a localização das pessoas e objetos que estão ao seu redor.

Os objetivos desse conjunto de atividades eram: desenvolver noções elementares de referência espacial; oportunizar aos alunos situações que eles tenham noção de orientação espacial; orientar o seu próprio corpo em relação ao espaço, objetos e pessoas que se encontram ao seu redor. No próximo post iremos dar continuidade as atividades dessa aula e apresentaremos o mapa do corpo.

Essa aula foi ministrada pelas professoras: Nara Fernanda, Rubia Medeiros e Denise Caobianco.

Esticando a conversa

Como indicação de leitura, penso que vale a pena ler sobre os grupos áulicos. Considero como uma perspectiva de ensino e aprendizagem bastante positiva. Seguem abaixo alguns artigos que podem introduzir o assunto:

TUBOITI, Nair Crisitina da Silva; FREITAS, Leda Gonçalves de. Grupos áulicos: aprendendo com os pares. Revista Quadrimestral Escolar e Educacional. São Paulo, v. 19, n. 2, p. 215-222, mai/ago, 2015.

TUBOITI, Nair Crisitina da Silva; FREITAS, Leda Gonçalves de. Grupos áulicos: repercussão na construção da autonomia. In: Educere: formação de professores, complexidade e trabalho docente. Curitiba, 2015. Anais.... Curitiba: 2015, p. 41832- 41845

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