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Conhecendo as árvores: uma vivência para além da sala de aula




Olá pessoal, conforme o post anterior estamos dando continuidade ao tema sobre a importância da árvore, compartilharemos a primeira parte da aula que foi realizada no 2º ano do Ensino Fundamental, em maio de 2023, a prática pedagógica dialoga com a obra “A árvore” de Rodrigo Matiolli, apresentada no post anterior.

Todo o conteúdo foi ministrado pelas professoras Emanuelle Aqua da Silva e Ingrid Aguiar Kuster, foram necessárias, aproximadamente, 8 h/a para a realização das atividades.


Uma prosa sobre a aula ...


A aula iniciou-se com uma roda de conversa, onde foram feitas as seguintes perguntas para turma, no intuito de descobrir o que as crianças já conheciam sobre o conteúdo, a importância das  árvores e se elas tinham plantas em casa. Na casa de vocês têm plantas? Se sim, vocês sabem os nomes? Ajudam a cuidar? No caminho de casa até a escola, vocês encontram plantas? Alguma delas são árvores? Por que as plantas são importantes para a vida na terra?

As crianças falaram suas opiniões e vivências. Em seguida,  ainda em roda, as professoras passaram para os seus alunos um vídeo chamado “As partes da planta para crianças/Ciências para crianças”, do canal do youtube Smile e Learn-Portugês, que apresenta as partes de uma planta e como é o seu crescimento. 



Em sequência, as professoras passaram para as crianças imagens das partes de uma planta, a fim de reforçar as suas características, especificamente, das árvores. E durante esse momento foi dado o espaço e oportunidade para ouvir e sanar as dúvidas da turma, buscando respondê-las e também levantando hipóteses.

Sanadas as dúvidas e as explicações, as professoras levaram a turma ao espaço externo da sala. A turma foi divida em dois grupos para a ida ao pátio, e cada grupo tinha que observar orientados pelas professoras, as formas das árvores presentes naquele espaço, seus tamanhos, cores, formatos, texturas, quais as árvores frutíferas, como  também observar as árvores em suas partes, os animais e vegetais que poderiam estar presentes nas árvores observadas. 


Após a observação do espaço e das árvores, abriu-se uma discussão em sala de aula sobre o que foi visto no espaço externo e foi feita uma lista coletiva do que observaram. Em seguida, as professoras propuseram uma atividade em dupla na área externa. Essa atividade consistiu no desenho e observação de uma árvore, presente na escola, sorteada para a dupla, das três selecionadas da lista feita em sala de aula durante a discussão: Amoreira, Gabirobeira e Sibipiruna. As duplas desenharam a árvore sorteada na folha sulfite disposta no cavalete, usando tinta guache, pincel e outros materiais de desenho.

Findada a atividade do desenho de observação, as crianças retornaram para a sala de aula com seus desenhos, e as professoras propuseram que as mesmas fizessem uma legenda indicando as partes da planta desenhada e o nome da árvore representada.



Para finalizar a aula, as crianças tiveram a oportunidade de degustar um delicioso suco de amora,  árvore frutífera presente na escola. E depois  foi realizada uma roda de conversa a respeito do que aprenderam. Para organizar o que foi aprendido foi contada a história Uma árvore, de Rodrigo Matiolli.


De Olho na BNCC 


As professoras trabalharam com o componente curricular Ciências, previsto na BNCC, cujo a Unidade Temática foi Vida e Evolução, tendo como  objeto de conhecimento os Seres Vivos e  as Plantas.


Explorar e observar a paisagem da própria escola, localizar e compreender a importância das árvores para a qualidade da vida urbana, também é um conteúdo que contempla o componente curricular de Geografia. O desenho, a pintura, o processo criativo e a exploração de diferentes materiais e contextos são conteúdos pertinentes às Artes Visuais nos Anos Iniciais. O exercício do pensar interdisciplinar nos possibilita dialogar com as diversas áreas do conhecimento, tornando o conteúdo muito mais atraente às crianças.  


Esticando a conversa….


Nessa aula teve-se como um dos objetivos aproximar o conteúdo da vida cotidiana das crianças e valorizar os espaços fora da sala de aula como um “laboratório vivo”,  isto é, um ambiente onde a vida acontece e se materializa em tempo real, um local onde é possível observar os conteúdos dos livros didáticos, tornando-os mais concretos para as crianças.

Explorar os espaços para além dos limites da sala de aula não é algo novo. O educador Celestin Freinet, no início do século XX, já chamava a atenção para a rica possibilidade de aprendizado ao explorar os espaços fora da sala de aula, a importância de se observar o ambiente natural e humano, como ponto de partida para reflexões e a produção escrita. Tal atividade foi denominada de aula-passeio. Vamos conhecer um pouco mais sobre esse educador e suas propostas pedagógicas!?  



No próximo post falaremos sobre a aula dois deste maravilhoso conteúdo:  a confecção de um terrário… Não percam!

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