Essa obra de Romero Brito, Children of the World, possibilita algumas reflexões sobre os cuidados que temos que ter com o planeta em que vivemos e que a conscientização e as ações positivas devem iniciar desde a infância. No post de hoje iremos finalizar a sequência didática sobre o solo publicadas nos dias 01/09, 11/10 e 15/10.
Uma prosa sobre a aula
Após um conjunto de aula sobre o solo que foi abordado sobre: os tipos de solo, a sua importância, os problemas que o afetam, os cuidados que temos que ter para não poluir o solo, os impactos da ação do homem e a construção do terrário. A aula que será apresentada nesse post teve início com a obra Children of the World, de Romero Britto.
Foi apresentada uma breve biografia do autor e na sequência as professoras pediram para que as crianças observassem a imagem por alguns minutos e apresentassem suas opiniões. Em seguida, as professoras direcionaram algumas perguntas para que as crianças pudessem perceber outros aspectos presentes na imagem: cores, formas, sensações, o que tem na imagem, qual a interpretação que fazem, que relação podemos fazer da imagem com o nosso cotidiano etc.
Cabe aqui mencionar, que essa aula foi fundamentada na Proposta Triangular idealizada por Ana Mae Barbosa. O conhecimento em Arte na perspectiva da autora, apresenta a articulação de três campos conceituais que são chamados de eixos e que envolvem a produção, fruição e reflexão, isto é:
Produção/fazer: é a produção do aluno. É o fazer, a criação, a parte prática. Na educação, esse fazer diz respeito ao conhecimento artístico do aluno e está relacionado com o processo criativo. Considera desde o imaginário, a elaboração e a formalização do objeto artístico..
Fruição/apreciação: é a apreciação significativa, origina-se da palavra usufruir,isto é, oportunizar o aluno a ver, ouvir, sentir, assistir a manifestações artísticas do universo relacionado à arte (obras de arte, peças teatrais, espetáculos de danças, concertos musicais e outros).
Reflexão: é pensar sobre o trabalho artístico pessoal, dos colegas e sobre o trabalho artístico de produtores em geral, refletir sobre as formas encontradas na natureza e em culturas diversas e também, é a compreensão da arte como processo cultural e histórico. A reflexão articula-se com o conhecimento contextualizado, pois envolve o contexto histórico (político, econômico e sociocultural) dos objetos artísticos e contribui para a compreensão de seus conteúdos explícitos e implícitos.
Esse campos conceituais não precisam acontecer nesse ordem, algumas dessas etapas podem acontecer de forma simultânea.
Após o diálogo com os alunos e as relações com o cotidiano, especificamente com os cuidados que temos que ter com o nosso planeta, indo além do cuidado com o solo, as crianças identificaram ações que poderiam ser feitas para cuidar do espaço em que vivemos. Então, foi sugerido para elas fazerem uma releitura da obra. Num primeiro momento fizeram um desenho na folha de sulfite e para colorir utilizaram a técnica da esponja e tinta guache. No lugar do pincel, as crianças molhavam a esponja no gauche e pintavam o desenho com leves batidinhas.
Na empolgação do trabalho, esquecemos tirar fotos.... falha nossa !!!
A aula foi ministrada por Fernanda C. Grade e Malena A. Nascimento, no primeiro ano do ensino fundamental.
Esticando a conversa ....
Para saber mais sobre a Proposta Triangular de Ana Mae Barbosa, recomendo o livro abaixo:
BARBOSA, A. M.; CUNHA, F. P. A abordagem triangular no ensino das artes e culturas visuais. São Paulo: Cortez, 2010.
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Créditos da imagem: https://www.artsy.net/artwork/romero-britto-children-of-the-world-4